Textos
Oh, sensação danada!
Hoje o amigo sono bateu em retirada para deixar a poesia na madrugada fazer morada... Então surgiu isso aí que chamo de " Oh, sensação danada"!
Acordei com triste sensação, dessas que fez sangrar minha alma, apagou a chama do meu pobre coração e que fez chorar até meu precioso cão. Revi minha juventude de outrora em sonhos embaçados ir embora e, rasgando os céus em oração pedi pra não morrer agora. Quero ainda voar com os pássaros, nadar nas águas cristalinas do riacho e cozinhar ervas em meu caldeirão... Aos poucos ir colocando lenha no meu fogão!
Quero ainda rir muito de mim mesma quando na madrugada uma luz misteriosa invadir meu quarto e escutar uma voz dizer venha, venha. Ainda vou matar os amigos de rir também, quando contar a eles que quando faço amor sempre tranco a porta do quarto. Se porventura neste momento estiver por perto algum espírito errante, ele vai querer morrer de novo... De tanta vergonha das loucuras que faço!
Ah, essa sensação passou o dia todo comigo, até quando me banhei nua na bica hoje, ela não foi embora e está comigo até agora. Teima fazer-me rabiscar poemas na madrugada, mesmo com a luz apagada. Oh, sensação danada! O que queres fazer com este coração que em seu caminho só encontrou outros corações também esquartejados... Acaba com esta peleja, mostra pra ele um novo atalho!
Autora: Helena Bernardes
26/04/2012- 03:00h(madrugada)
Vovó Onça Contadora de Histórias
Enviado por Vovó Onça Contadora de Histórias em 17/03/2013