Vovó Onça Contadora de Histórias
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Textos
Assim surgiram as mulheres que moram em mim!
A mais de meio século, quando uma criança nascia e ria para a parteira, já era uma palhaça, nasci assim. Esses rabiscos do dia e retalhos da noite que acumulei durante anos de experiências nesse palco da minha existência foram a caixinha mágica recheada com alegrias, risos, trabalhos, decepções, lágrimas, tristezas, dores, lutas, recomeço... E muitas vitórias!

O amigo tempo foi grande parceiro, pois muitas vezes deixou meu pensamento livre mesmo nas labutas diárias dando-me oportunidade para alguns rabiscos, às vezes até na palma da mão ou com o dedo no chão.  Mas como grande parceiro que é, reservou as madrugadas, para que quando a traiçoeira insônia chegasse, fosse aprisionada com a inspiração e juntas retalhassem a silenciosa noite e alinhavando letras, rimas e sons, os transformasse em versos.

Em todos esses momentos a tristeza ou a alegria também eram companheiras fiéis, pois alma de poeta só tem vida se for alimentada com a seiva das lágrimas ou dos risos. Porém, as mais poderosas companhias de todas as horas, foram as várias mulheres que sempre moraram em mim, mas que só aos poucos fui deixando que se revelassem e mostrassem o potencial de cada uma delas...Assim surgiram as Helenas!

Ao ler estes rabiscos e retalhos que dei o nome de poesias conseguirem identificar qual delas foi a inspiradora, ficarei ricamente feliz, pois sei que valeu o sacrifício para  permiti viver  em mim todas estas mulheres e será o incentivo para continuar alimentando-as.
Deixo como legado para as futuras gerações, apenas um exemplo de formiguinha pelo planeta e algumas histórias, muitas vezes contadas em versos e prosas, como as dessas várias mulheres que deixo livremente habitarem em mim.

Cada uma tem sua história, alguns leitores reconhecerão a participação especial que tiveram nas páginas inseridas do livro de experiências terrenas dessas minhas Helenas. Deixei algumas caixinhas mágicas em vários lugares, tenham cuidado quando localizá-las e abrí-las, analisem primeiro com o coração, pois aprendi que julgamentos ou decisões precipitados nos reservam surpresas desagradáveis e pode ferir pessoas inocentes.

Eternos agradecimentos aos meus amados familiares de laços sanguíneos, companheiros de lutas que foram o sustentáculo para a evolução do meu espírito aqui na terra, principalmente à Dona Preta, uma das mulheres mais generosas e sábias que conheci... Uma grande mulher com um metro e meio de altura... Minha mãe!

A grande família querida escolhida por opção, neste período de lutas terrenas e que também me deixaram fazer moradia em seus corações,  mesmo não tendo nenhum laço sanguíneo, o meu muitíssimo obrigada. Não poderia ter feito melhores escolhas para ter ao meu lado espíritos abnegados e tão evoluídos que deram o melhor dos exemplos... Amar, simplesmente amar, sem querem nada em troca!

Quero que meus filhos Pedro e João Paulo saibam que foram eles e por eles, que a seiva da vida continuou jorrando em meu coração e que hoje estou aqui, enfrentando todas as lutas e dores desse mundo com muita fé e amor e que, o pai deles é um grande irmão de outras vidas que escolheu compartilhar comigo... Preciosos tesouros!

Meus agradecimentos finais são para os espíritos amigos e protetores, que em forma de anjos ou homens, seguraram em minhas mãos e ajudaram-me a transpor as pedras do caminho. Espíritos iluminados enviados pelo Grande Criador e Arquiteto do Universo para guiarem-me e conduzirem-me com bons exemplos, aqueles que foram ensinados por um simples e humilde filho de carpinteiro... Jesus!

Helena N. Bernardes
Goiânia-GO, 18 de março de 2013
Vovó Onça Contadora de Histórias
Enviado por Vovó Onça Contadora de Histórias em 18/03/2013
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