Mesmo  na dor, a alma sorri e canta

É  na dor  que percebemos  o que vale a pena guardar e  acreditamos  que o tempo  cura mesmo, até  as feridas  da alma. É  na dor  que o cheirinho de café  ou  chá  de ervas  caseiras se espalham  pela casa, pois  a família  e os amigos  se revesam  em  um esforço  concentrado, para gerar  bem estar  entre  todos. É na dor que  todos  se ligam  em um só pensamento, para conversar com  Deus, em súplicas  de orações. É  na dor que os detalhes  são  percebidos, até um canto  diferente  de um pássaro  no quintal,  é  motivo  de esticar  uma  prosa  e contar  histórias  de infância, lá  da roça, lembrando  do passado, das modas  de viola  escutadas  num  radinho  de pilha,  sentindo  uma saudade  boa. É  isso, mesmo  na dor, a alma  ainda sorri e canta!